sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Teias

Essa é a terceira Teia da qual participo. São Paulo foi a primeira experiência de reunião de manifestações culturais tão diversas. No prédio da Bienal, uma polifonia bem-vinda. Era a cultura fazendo barulho! Mesmo que a idéia seja privilegiar a diversidade, senti falta de ouvir uma voz de cada vez. A sensação que ficou é que ouvia-se todo mundo, sem que ninguém conseguisse ser ouvido. A organização - ou melhor, desorganização - foi um sério problema daquela edição de 2006... De qualquer forma, foi um primeiro passo. Importante passo, diga-se de passagem. A segunda edição foi em Belo Horizonte. Enquanto em São Paulo tudo se concentrava no prédio da Bienal, o que gerou aquela polifonia à qual me referi, em BH as atividades ficaram dispersas, distribuídas entre o complexo da Praça da Estação (que inclui a Casa do Conde e o Centro Cultural UFMG), o Parque Municipal e o Palácio das Artes. Não tenho como avaliar a organização da segunda edição, pois como sou de Belzonte, não tive que lidar com questões como deslocamento, hospedagem e refeição.

A coordenação da Teia de Brasília ficou a cargo da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura. Bom, do meu ponto de vista, a organização está ótima, mas há alguns relatos de Pontos que não puderam vir. Alguns delegados, ao chegarem em Brasília, descobriram que não tinham onde ficar e foram improvisadas acomodações em motéis. Bom, ainda há muito o que aprender para que situações desse tipo não se repitam. A Teia é um evento grande, e o número de Pontos de Cultura só tem aumentado, o que significa que deverá haverá um esforço cada vez maior para que um encontro tão rico como este não seja marcado por situações tão problemáticas.

De qualquer forma, a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura e toda a organização da Teia estão de parabéns! Quem está aqui vê que o pessoal tem trabalhado bastante para que a diversidade que pulsa a cultura brasileira seja contemplada.

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