sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pontões e Redes

Ontem à tarde foram realizadas as reuniões dos Grupos de Trabalho do II Fórum Nacional dos Pontos de Cultura. O encontro, que estava agendado para as 14h, começou com atraso. A mesa que conduzia os trabalhos, formada por dois integrantes da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura (CNPC) achou por bem aguardar que chegasse um número suficiente de delegados para formação de quórum. Esse grupo tinha o maior número de inscritos, cerca de 60, segundo a CNPC.

Num primeiro momento, a mesa do GT lembrou os objetivos da reunião, que era a elaboração de propostas para o Programa Cultura Viva. Cinco deveriam ser específicas para a temática abordada pelo GT e cinco seriam proposições gerais.

Em seguida, cada um dos delegados apresentou-se brevemente. Depois, deu-se início ao acolhimento das propostas. Karime e eu, que representamos respectivamente o Pontão da UFMG (Laboratório de Vivências Colaborativas) e o Ponto de Cultura CCNM-,Rede.lê, apresentamos propostas relacionadas à identificação de atividades afins entre Pontões, Redes de Pontos e Pontos de Cultura, realização de encontros regionais para desenvolvimento de projetos colaborativos a partir das afinidades identificadas e o estímulo ao uso de ferramentas virtuais colaborativas.

Uma questão levantada por muitos delegados diz respeito às dificuldades de gestão dos pontos relacionados a prestações de contas, consultoria jurídica e contábil. Alguns representantes chegaram a propor a criação de “Pontões de Gestão”, que seriam específicos para oferecer esse tipo de assistência aos demais.

É difícil tentar contemplar todas as demandas. O exercício da discussão é trabalhoso, mas necessário. As proposições, muitas vezes, tendiam à especificidade, ou seja, eram voltada para a resolução de problemas muito pontuais. O desafio é apontar propostas e soluções abrangentes, que tentem, minimamente, atender necessidades coletivas. A importância de atividades como os fóruns deve-se ao fato de se constituírem como ferramentas de participação política efetiva.

A participação desse GT representou um primeiro passo ao que seu próprio nome se propõe: articulação de redes. Mas não podemos esperar que isso saia no papel, preto no branco, para que ações conjuntas sejam desenvolvidas. Os diálogos entre os corredores do Museu Nacional da República, as trocas de idéias, a conversa com um e com outro ponto são, muitas vezes, instrumentos mais poderosos para a construção dessa grande rede cultural.

3 comentários:

Unknown disse...

legal rê...

com o blog estou conseguindo acompanhar um pouquinho do que tem acontecido por aí...

acho essa discussão fundamental e pena que acabe acontecendo tão pontualmente e, muitas vezesm nem seja considerada como objetivo fundamental do programa cultura viva.

vale a reflexão de que, em uma país, a cultura (como política pública) precisa ser idealizada, planejada e gerida coletiva e colaborativamente para, só assim, ser uma experiência democrática...

valeu pelas notícias!

e bom trabalho.

Daise Diniz disse...

Aparecem muitas dificuldades, mas trabalho coletivo e colaborativo é isso mesmo.
Penso que é fundamental essas discussões e com o tempo vai amadurecendo cada vez mais. Esse é o exercício da cidadania!!

Ah, o blog está muito bom, mesmo daqui de BH tenho noção do que está acontecendo em Brasília. Parabéns pelo trabalho de vcs!!!
Abraços, Daise

Unknown disse...

Que bacana!
Essa discussões são um primeiro passo, muito importante, na mudança de posicionamento em relação à necessidade de gestão coletiva de trabalhos que são coletivos e almejam ser democráticos.

Abraços... E continuem nos informando!